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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Loucas Aventuras

Loucas Aventuras


O que é essa loucura
que chega às raias da ternura,
como se fosse passear num jardim?

Longe de ser frescura,
toma a forma de uma aventura
que parece não ter início, meio ou fim.

Qual a real temperatura
necessária para alcançar a fervura
que irá cozinhar o que estivermos afim?

Por certo, eu não tenho cura.
Por louca, tu não completas a mistura.
Ficas superficial sobre o pão, feito gergelim.

Quem irá nos responder à altura,
alternativas para essa tamanha lonjura
que nos mantém tão distantes, irreais assim?

Não há alquimia nesta minha procura.
Nem, tampouco, vais empenhar qualquer jura.
Façamos de conta que tenho a ti e que tens a mim.


Paulo Eduardo da Rocha

Imunidades

Às leis, nem todos
estão ou são sujeitos.
Existem tantos engodos,
e, tanto quanto, suspeitos.

Dentre os marginais,
uns, têm suas imunidades.
Alguns, menores, colegiais.
Outros, por terem autoridades.

Há os que têm a parlamentar
e, isso, é privilégio para poucos.
Já, eu, tenho imunidade hospitalar.
Vivo livre, em meio aos demais loucos.


Paulo Eduardo da Rocha

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Carnavalesco

_Carnaval Importado_


É comum nos enganarmos
sobre o fato de, ser o carnaval,
um produto, uma festa nacional.
Para entendê-lo, basta pesquisarmos.

No século 18, os portugueses,
trouxeram esse festejo de além mar.
Com o tempo, caiu no gosto popular.
Então, do carnaval, somos fregueses.

Por ter se tornado uma ocasião
dedicada às mais diversas folias,
permanece vivo até nossos dias.
Todo o brasileiro pode ser um folião.

O rótulo de sermos o país do carnaval,
nunca passou de um termo pejorativo.
Dentre os imigrantes e o povo nativo,
somos mais do que uma caricatura banal.

Natural é ser associada, tal festa,
a um mero ritual coletivo e alienante.
Num inferno, pior do que o de Dante,
diversão, assim, é o que de melhor resta.